domingo, 23 de novembro de 2008

Sonho angelical


Menina que em candura adormeces
qual lírio dos campos, cândido de alvura
os anjos róseos vêm velar teu sono
afagar tua face, adormecida e pura.

O peito arfante de emoções contidas
tempos de espera, de receio
pudera  o destino reverter agora
essa ânsia atroz que te invade o seio.

Cabelos soltos enfeitam teu rosto
como nuvens claras, ondulantes
coro celeste, que sublime entoam
canção serena, acordes palpitantes.

Um ser amado povoa os teus onhos
prelúdio do amor, dor do desejo
e, lânguida, descobres que és mulher
à espera da ternura de um beijo.

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