segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Estrela passageira


Lágrimas, retalhos de saudade plena
Bailar efêmero de asas transparentes
Feixe de luzes, de alma serena
Acordes sonoros de harpas cristalinas, solfejos
De frases murmuradas, de evolar de beijos
Sonho dourado, reminiscências de emoções
Mistura de formas cambiantes, torrente de paixões
Maciez de pétalas sob um sol de primavera
Reprise de gozos de inefável quimera
Perfume de filtros mágicos em chamas consumidos
Doçura do néctar dos deuses, o fruto proibido
Rolar sobre um tapete de estrelas invisíveis
Buscando no infinito nuances impossíveis
Taças transbordantes do perfume das flores
Cofre de esmeraldas, repositório de amores
Pedras preciosas, refulgentes, coloridas
Elo sutil da morte recambiando a vida
Ponto final de uma existência que expirou
Rastro de luz no céu, de uma estrela que passou
Que correu veloz, muito mais que o pensamento
E se afundou no éter, e caiu no esquecimento.

Nenhum comentário: