domingo, 23 de novembro de 2008

Amo-te


Amo-te ausente, no verter do pranto
ausência mensageira da saudade
com tal fervor, com tal ansiedade
desejo de te amar, puro encanto.

Quisera ver-te aqui e agora
me envolver, fremente, nos teus braços
repousar no teu ombro o meu cansaço
como o sol nos braços frios da aurora.

Me embeber na luz do teu olhar
e me perder nas trevas dos teus cabelos
matar a sede voraz dos meus apelos
juntar-me a ti e sonhar... e sonhar.

Aquecer com meu calor teu corpo branco
tocar de leve tua boca sensual
matar em mim essa angústia mortal
e esvanecer no seu sorriso franco.

Quero mergulhar em águas calmas
preencher do meu âmago o vazio
dourar o sonho de um viver sombrio
tirar a ânsia que crucia a alma.

No meu seio aconchegar tua cabeça
deitar contigo em campos floridos
poder saciar a fome dos sentidos
até passar o dia e que anoiteça.

Provar teus beijos em longo momento
qual lua branca de eterno langor
sentir na carne as delícias do amor
partilhar teu sonho unida em pensamento.









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