quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Lenitivo


Às vezes paro e analiso
e pouco a pouco eu diviso
muito, até mais que o pensamento
e choro de nostalgia
essa dor que me angustia
e causa tanto sofrimento.

Sinto um grande sufoco
e um desejo tão louco
tomando conta de mim
e fico assim, parada
os olhos fitos no nada
um desalento sem fim.

E fico de mal com a vida
como uma ave ferida
que vive fora do ninho
essa dor da solidão
que trava o meu coração
que vive só, sem carinho.

E as lágrimas descendo
pouco a pouco vão correndo
molhando todo o meu rosto
cada lágrima que cai
é mais um sonho que se esvai
e me mata de desgosto.

E a vida analisando
fico a pensar, até quando
o meu coração aguenta
essa fibra enfraquecida
do cordão da minha vida
até que um dia arrebenta.

Só tenho por companhia
a beleza da poesia
e o reviver da lembrança
Por isso,  em noites de lua
como um barco que flutua
minha rima é a esperança.

Esperança que um dia
alguém de mim lembraria
e me ajudasse na meta
de levar meu pensamento
aos corações em tormento
a alma de um poeta.

Para aliviar as dores
e proteger os amores
e estancar todo o pranto
de alguém que algum dia
perdeu a sua alegria
só por ter amado tanto.






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