quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Soneto do Amor


Quisera teu amor, como um dia tive
em leitos róseos de flores macias
apaixonante ao romper do dia
atear o fogo, que aqui dentro vive.

Poder te amar como a alvorada
sentir o gosto, o travo do pecado
dormir no seio do teu sonho impuro
e ouvir do amor, o lancinante brado.

Matar em ti a ansiedade louca
beber no teu sorriso o vão momento
falar em teu ouvido frases roucas.

Deixar correr, assim, o pensamento
provar o beijo de mel em tua boca
e do prazer, o seu contentamento.


2 comentários:

uma leitora disse...

Lindo blog, lindos poemas e linda esta homenagem à sua mãe! Fiquei tocada pela atitude e pelo teor dos poemas, este "Soneto de Amor" em especial.

Bjs
Berenice

José Anchieta disse...

Sua mãe foi uma artista das palavras e com certeza soube cumprir também perfeitamente a função materna. Parabéns por ser filho de uma pessoa tão espirituosa quanto talentosa. Um abraço!